sábado, 18 de agosto de 2012

INFORMATIVO DOS ESTUDANTES DO CPDA 07/2012

 AGOSTO 2012/07

Na última assembleia discente, dia 14 de agosto de 2012, às 10h, realizamos uma votação pela continuidade ou não da greve no CPDA e o resultado foi:
Continuidade da greve: 17 votos
Paralisação da greve: 0 votos
Abstenção: 1 voto

Considerando que somos parte da comunidade acadêmica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e da educação federal, avaliamos que não seria prudente decidirmos por uma saída imediata da greve, por isso votamos da greve no CPDA. Avaliamos que a saída dos estudantes do CPDA seria prejudicial para o movimento grevista da Rural e entre os pós-graduandos do Rio de Janeiro e do Brasil, uma vez que o comando de greve da pós RJ e o CPDA é referência nacional, sendo fundamental para encaminhar as reivindicações junto ao governo federal.
Por outro lado, sabemos que a greve se encontra em um momento crucial e decisivo e precisamos nos posicionar enquanto sujeitos da ação. Mesmo com a indicação de atividades mais radicalizadas, não há avanço nas negociações e o governo não tem se sentido pressionado pelo movimento da educação federal. Em mais 80 dias de greve só houve duas rodadas de negociação. Mesmo assim o governo não analisou a proposta do ANDES e simplesmente apresentou uma proposta. As assembleias recusaram a proposta oferecida pelo MEC/MPOG. O mesmo aconteceu com os técnicos administrativos. Neste momento, os três principais sindicatos da educação federal – ANDES, SINASEFE e FASUBRA - recusaram a proposta. Apenas o sindicato PROIFES, que não chega a representar 5% da categoria, aceitou a proposta.
Entendemos que a greve tem sido caracterizada pela intransigência do governo federal, o que tem contribuído para que outros setores do funcionalismo público federal também estejam em greve, mesmo aqueles vinculados à CUT e ao PT. Na última semana tivemos adesão dos servidores da CAPES e CNPQ, que conta com pela continuidade nossa solidarização. Por outro lado, sabemos que a greve se encontra em um momento crucial e decisivo e precisamos nos posicionar enquanto sujeitos da ação.
Mesmo com a indicação de atividades mais radicalizadas, não há avanço nas negociações. Por isso fortalecemos a necessidade de um diálogo crítico que leve em consideração o coletivo do CPDA e também a educação no Brasil. Sobre as singularidades do CPDA, admiramos o esforço dos professores em compra de equipamentos e em estruturação do Programa, mas a necessidade de que isso ocorra para fugirmos da lógica insana de produtivismo é um contorno a um problema estrutural das universidades e da educação, que não afeta somente o CPDA. E se há programas que sofrem mais ainda com essas questões, ou que não conseguem contorná-las com a mesma qualidade, é certo que isso ocorra? Enfim, se sabemos que há um nó, porque não debatê-lo?
Sabemos dos ônus e dos bônus do movimento grevista. Temos plena consciência do impacto no calendário letivo, principalmente para aqueles que ainda cumprem créditos em disciplinas. Porém, é preciso desnaturalizar a ideia de que só há prejuízo em estar inserido em uma mobilização nacional.
Este momento também está sendo essencial para melhorarmos nossa organização e iniciarmos a formação do Centro Acadêmico dos Estudantes do CPDA, o que ajudará no fortalecimento de nossa representação e no encaminhamentos das lutas estudantis, para além do CPDA.
Assim, decidimos que a cada semana estaremos avaliando o movimento grevista e a nossa participação na greve. Também achamos importante, neste momento encaminharmos demandas solicitadas durante a greve e aproveitarmos para iniciar a formação da comissão tripartite tendo em vista a realização do Fórum. Acreditamos que esse diálogo, que se refere a condições de trabalho, deve ser iniciado antes da volta às aulas.
Por fim, na última quinta-feira, dia 16 de agosto, foi realizada uma “reunião comunitária”/”espaço de diálogo” entre professores, estudantes e técnicos. Neste espaço foi comunicado que a maioria dos professores decidiram voltar as aulas, enquanto os estudantes informaram que mantiveram a greve. A deliberação dos que assume uma nova coordenação e um novo departamento, professores é de respeitar quem permanece na greve, tanto docentes, quanto funcionários e estudantes. Com isso, foi assegurada a reposição das aulas para todos os estudantes grevistas.

CALENDÁRIO DE GREVE

20/08: 13h – Reunião discente para a construção do CA dos estudantes do CPDA

21/08: 9h30 – Assembleia Discente do CPDA. Pauta: Construção do CA e avaliação da permanência na greve

22/08: Encontro com a coordenação do CPDA para debate de pautas internas; Reunião do Colegiado do CPDA

23/08: 18h – Assembleia dos pós graduandos IFCS

28/08: 9h30 – Assembleia Discente do CPDA

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